terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Arquitetura é assim...

Edição de vídeo é uma das coisas que esta me encantando cada vez mais.
Desde 2008 comecei com isso, sou amadora, mas não ligo!
Cada edição é uma emoção. Tento aprimorar cada vez mais meu pouco do meu conhecimento em edição e acabo inventando certas “coisas" e o resultado são suspiros emocionantes! Isso me empolga!
O mais recente é da turma de Arquitetura e Urbanismo de 2010.
Inseri no meio do vídeo um texto (minha autoria), para explicar resumidamente o que é Arquitetura e o que se aprende na faculdade.

“Arquitetura é assim:
Começou com muitos alunos, uma turma bem cheia, pessoas desconfiadas e confusas..
“Será que estou no curso certo?”
Os períodos vão se passando da mesma forma que as pessoas se tornam meros passageiros.
A turma já não é a mesma do começo, muitos se foram, deixaram o curso, ficaram em períodos atrás e outros caíram na sala de para quedas..
SEMPRE SOMANDO!
O público mais eclético é encontrado na arquitetura!
Tem de tudo!!
Quem quer construir uma ponte, ou quem quer construir apenas uma casa..
... quem quer construir uma cidade e quem quer construir um MUNDO!
Tem sociólogos, pesquisadores, decoradores, designers, ecológicos, práticos, engenheiros...
...e por aí vai ...
Abrindo o leque de opções!
Aprendemos que a nossa visão NÃO é limitada...
.. que devemos enxergar por outro ângulo e alcançar o infinito!
Ficamos mais sensíveis com as pessoas, com o espaço público e com a VIDA...
Queremos conservar cada vez mais nosso planeta e contribuir ativamente com o ecossistema.
Talude, dwg, platibanda, alucobond, shaft, platô, engastado, saibro e erro fatal..
Fazem parte do nosso vocabulário.
Concluímos que Arquitetura NÃO é fácil!!!
Se chegamos onde estamos é porque somos capazes e MUITO capazes!!!
Orgulhosamente temos o prazer de apresentar:
Os novos Arquitetos e Urbanistas!”

Após o texto, os alunos são apresentados com seus trabalhos acadêmicos.
Breve postarei esse vídeo.



quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Mero observador


Sempre tive vontade de escrever minhas idéias em um blog, mas a preguiça não permitia.
Hoje enquanto estava na espera da turma de arquitetura e urbanismo para uma sessão de fotos na Praça da Liberdade, resolvi simplesmente observar...
Observar as coisas de uma maneira tão simples e percebi a falta dos seres humanos nisso: observar
Meu passeio/espera foi na Praça da Liberdade, no complexo arquitetônico, no coração de Belo Horizonte.
Pensei em sentar próximo ao coreto e somente esperar, mas o caminho do carro até o coreto foi mais atrativo e me fez dar uma volta ao redor da praça como observadora. Coisa que nos meus 27 anos nunca havia feito.
Observei a diversidade das espécies de flores, pude perceber que têm algumas machucadas e secas que não são próprias da estação e outras que estão no auge da beleza e mesmo assim, essa mistura ficou maravilhosa. Mesmo as flores secas estavam chamando a atenção.
Vi o tanto de pessoas que estão fazendo atividades físicas e vi que hoje em dia as pessoas estão buscando qualidade de vida. E porque não caminhar? É de graça e a paisagem é espetacular!
Acompanhei o transito no horário de pico e vi o stress na face das pessoas.
Vi a diferença do publico da praça, todas as idades e tipos, tinha gente descansando, gente aprendendo malabarismo, gente conversando, gente namorando, passeando, crianças, cachorros, pombas, passarinhos, pessoas lendo livros, tinha uma menina sentada no talude embaixo das palmeiras e que por 80 cm não foi atingida por um galho velho e seco que despencou de no mínimo 25 metros de altura.
Fui andando ao redor da praça, vi que o letreiro de todas as secretarias são iguais e particularmente acho bem pequeno.
Ainda estava com tempo, mais de 20 minutos.
Fui andando em direção a biblioteca pública, passei por dentro. Achei o piso bem ruim, esta precisando ser trocado.
Vi um elevador panorâmico saindo de um prédio e me senti completamente ignorante em não saber o que era aquilo.
A curiosidade aumentou, circulei ao redor, mas estava desligado ou desativado... continuei rodeando a edificação, afinal o que seria isso que achei tão bacana e que nunca havia percebido antes na minha cidade?!
Refleti um pouco sobre como não exploramos onde moramos. Temos tantos lugares diferentes e sempre acabamos nos mesmos, deveríamos ter mais curiosidade e explorar novos lugares dentro de “casa”.
Voltando ao lugar misterioso, fui pelo estacionamento externo, encontrei uma cadeira sem encosto isolada, vi o traçado orgânico no chão, diferenciando a grama da  pavimentação, percebi muitas luminárias semi-embutidas, pintadas de preto, de noite deve ficar lindo. Quero voltar de noite.
Continuei andando e uma rampa tentadora me chamou para subir e claro eu fui.
Mas não descobri nada.
O prédio ao lado é Espaço TIM de Cultura e estava fechado, aí mais um lugar desconhecido e super bacana dentro de casa.
Fiquei preocupada com o horário, já estava próximo de encontrar os colegas.
Voltei ao coreto e fiquei procurando onde sentar, não havia banco vazio. Minhas opções eram: ao lado de um casal em “Lua de Mel”, um mendigo, dois amigos conversando, um homem fazendo flexão, homem fazendo flexão?? Acho cada vez mais engraçado como o uso das coisas é adequado as necessidades, Rs. Minha ultima opção era um senhor lendo um livro, que foi quem optei em dividi o banco.
Mais uma vez fiz outra coisa inédita, peguei um bloquinho e caneta e comecei a escrever. Não vou mentir que se eu estivesse com meu notebook em mãos nada disso teria acontecido e eu nunca teria um “motivo” para começar a escrever um blog.